Não sou trapo nem lixo
Nem um entulho das ruas,
Guardo no coração bem fixo
As esmolas tão suas.
.
Ando, sim, em farrapos,
Sozinho, sem ninguém,
Pode me doar os seus trapos
Eles me fazem bem.
.
Olha para o meu corpo
Ele não tem vigor.
Ando um pouco torto,
Carrego a cruz do Senhor.
E você, indiferente,
Passa por mim e nem vê
As chagas das minhas mãos.
Nelas estão marcadas
As dores da crucificação.
.
Às vezes olha dos lados
Existem muitos caídos
Espalhados pelo chão.
E eles são os sofridos,
Estendendo as manchadas mãos.
Tentaram mas não conseguiram
Matar o Cristo na crucificação
Hoje, bem junto a eles,
Lá vai o Cristo, os levando pelas mãos.
Mensagem recebida em 08/05/2014