O Bazar do Rema já integra, há anos, o calendário de eventos de Brasília. Sua história também já é conhecida da cidade. Tudo o que é oferecido  nessa feira passou pelas mãos de um grupo de menos de 100 frequentadores da Casa Espírita Recanto de Maria, com idade de seis a 86 anos, que trabalham o ano inteiro  preparando essa grande feira. O Bazar do Rema é a única fonte de renda da instituição para cobrir suas despesas e fazer caridade, como assistir gestantes, doar cobertores, enxovais para recém-nascidos, material escolar e alimentos para creches, entre outros tipos de ajuda, ao lado da assistência espiritual. Ninguém recebe nada pelo trabalho que faz para o bazar. Ao contrário, eles custeiam a produção das peças.

Todos têm uma tarefa fora do bazar.  Uns trabalham, outros estudam e outros cuidam de suas casas. São universitários, crianças ainda no ensino fundamental, médicos, advogados, engenheiros, professores, jornalistas, psicológicos, arquitetos, empresários e donas de casa, entre outros profissionais.

Há 40 anos, os frequentadores do Rema trabalham da mesma forma. Começam trabalhando em todas as tardes dos domingos. No segundo semestre, vão todas as noites, das 20 às 23 horas. Nos sábados e feriados, o dia inteiro. São essas mesmas pessoas que fazem a comida servida no restaurante e na lanchonete, carregam e descarregam os caminhões com as peças que são transportadas para o Centro de Convenções, arrumam as seções, atendem o público, servem no restaurante e na lanchonete, lavam pratos na cozinha e fazem tudo de volta, entrando pela madrugada do dia em que termina o bazar.